(...)Talvez por levar tudo demasiado a peito, talvez por não saber distinguir o que é amar, talvez por achar que estou sempre errada mas nunca conseguir admitir perante a tua pessoa, talvez por isso eu não diga nada, na esperança que não seja necessário esboçar sequer um olhar quanto mais dizer uma palavra. Tenho medo do poder que tem cada palavra dita no momento critico, tenho medo que me olhes nos olhos e vejas que no fundo eu não sei mentir, não a ti, tenho medo que tudo o que se tenha passado seja apenas isso, um passado que apenas para mim tivesse tido importância e que apenas na minha cabeça não tivesse ficado resolvido.(...)Eu chorei e choro todos os dias, quando deito a cabeça na minha almofada e todas as incertezas se tornam certezas, quando tudo o que sinto me sufoca e eu não sei mais se consigo continuar a mentir(me), sinto-me frágil, a paciência começa a esgotar-se e eu não sei mais o que fazer. Não quero mais fazer-me de vitima, não quero mais imaginar histórias com finais felizes, não preciso mais ficar confusa.  

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